sexta-feira, 31 de dezembro de 2010












embora com atraso aí vai meu  presente, feliz 2010




AUTO NATAL

 
I

Chegou Natal!
respingos de alfazema
as barbas de Papai Noel
fofas barbas a esquecer
o ano que passou
migalhas de um amor incapaz
barbas fofas a lembrar
vida refúlgida, centelhas paz

(que há momentos na vida
- há vidas inteiras-
feitos só de migalhas
II

Papai Noel,
Pai, meu pai,
meu amigo,
meu não pai
meu não eu

III

novo ano está a espera
do mergulho
mergulharei por inteiro

 sós

colher
migalhas,
Noel,
o que fazer?!
colher fartura
... esperanças


aguardar


mais nada
a lembrar
dos dias de luto.

pai Noel
veja
amanheceu
um novo dia
é Natal!
foi Natal!
Natal
ainda será
um
dia


Rui Galanternick,
dezedmbro de 2010














































.

domingo, 24 de outubro de 2010

Quando a verdade passa a ser calúnia, traição, falta de patriotismo

    No episódio recente do ataque físico  ao Serra, em campanha, até o Presidente do PT achou que houve exagero , reuniu o pessoal dele e pediu calma.
         Dilma reverberou que não houve ataque nenhum, e que a oposição é que fica fabricando destas coisas, enquanto covardemente ataca sua campanha. Não foram exatamente estas palavras. Perdoem-me. Mas o espírito foi este.
          Vocês vão votar nessa mulher?
Se ela já fosse presidente, fico pensando,  qual seria o destino do presidente do PT?  
Quem faz um cesto faz um cento. O próximo sempre poderá ser você.
            Foi pensando assim que mudei minha intenção de voto de Collor para Lula, quando, no último debate pela TV, ele jogou sujo com o petista, exibindo uma filha  de outro casamento, e mãe dela   reclamando que Lula não lhes prestava assistência.  
Tive certeza de que ele jogaria sujo também contra  qualquer ministro, quem diria se fosse eu! Quando todo mundo teve as finanças sequestradas, eu não guardava um tostão na poupança. Nunca mais confiei no sujeito.
         A mentiras que  Lula, ao longo de seus 8 anos, foi plantando contra o Fernando Henrique já viraram verdade, ao menos para os de menos de 30 anos. E até de 40.
         Com o andar da carroagem, a verdade será em pouco tempo traição, falta de patriotismo, blasfêmia.
          
           Desejo muito estar errado.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O que não foi perguntado







          Há gente acreditando que  o governo Dilma será um governo de esquerda  bem sucedido. Não acham que é eesperar demais,  fora da realidade? Ou há algum plano ou pojeto muito bem escondido. E, mesmo assim, esquecem do PMDB, sem o qual o PT não tem poder.  Um Governo Dilma infelizmente tem tudo para esbarrar para o fisiologismo.
Algumas perguntas que eu gostaria que alguém tivesse feito à Dilma e ao Lula em entrevistas ou debates:

1 Se vocês acham que saneamento básico é tão importante, e o colocaram no programa de campanha, por que não se empenharam mais em fazê-lo nos 8 anos em que estiveram no poder? As estatísticas mostram um quadro triste: beiram a apenas 50% os lares brasileiros com água encanada e rede de esgotos. Que garantias teremos de que esta meta será cumprida não abandonada, apenas mais promessas. Se disserem que tiveram metas mais importantes, então não estão preparados para governar, nem aprenderam nada. Não têm a mínima idéia que a questão da saúde começa com o saneamento para evitar adoecer. Há a vantagem adicional de evitar consultas e internações desnecessária, e portando de economizar dinheiro público.
2 A mesma coisa vale para a educação. Não sou a  favor do governo anterior, mas sou a favor da educação e do Brasil. Vocês apregoam - mesmo que modestamente - a importância do ensino, mas abandonaram a exigência do Governo anterior de alavancá-la, deixando de exigir, em  contrapartida às vantagens  auferidas pelo beneficiários, que eles  mantivessem os filhos na escola. A assistência em dinheiro é essencial, mas assim estariam promovendo o ensino.   Será que vocês que alcançam a importância transformadora do ensino?  Por que em 8 anos não se interessaram por ele?  Que garantia teremos de que vão se interessar?

Há ouras questões que ao que me parece não chegaram aos noticiários como temas de entrevistas ou debates:
3 O Custo Brasil altíssimo - com portos,  rodovias,  ferrovia, conteiners - o que pretendem fazer com ele?
4 O que seria feito para diminuir a burocracia em que o Brasil é campeão mundial?
5 Como lidar com o deficit público que segundo se noticía está aumentando assustadoramente ?

      Estas coisas passaram batido pelo governo Lula e têm grandes chances de passarem despercebidas pelo seguinte, apenas promessas vaga de melhorar a Saúde, o Ensino e a Segurança Pública. É disto que o país não necessita: de melhorar! É preciso um amplo equacionamento para enfrentamento destas questões. Não bastas repassar recursos para os prefeitos e governadores da base aliada que costumam se esvair em maior ou menor quantidade. É, como se diz, o mesmo que enxugar gelo.


SERÁ QUE O SUPREMO NÃO  COMPREMEU AS ELEIÇÃO DISPENSANDO O USO DO TÍTULO DE ELEITOR?

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Os sistema políticos-fraudulentos II


         O que está ocorrendo na Casa Civil, o ministério mais importante, situado ao lado do gabinete do Presidente? O que pensar que possa ocorrer nos outros ministérios? Não será um produto inevitável, e previsível, aparelhamento do Serviço Publico, onde de garis a ministros que vivem de desvios e não experimenta qualquer remorso.          
             Não fazem distinção ente o meu e o teu, entre o público e o privado. São capazes de mentir sobre as cosas mais graves e, sobretudo sustentar a mentira face argumente os mais fortes em contrário até fazerem o adversário duvidar de estar certo.          
            São mestres em falsificar, ludibriar, com a maior cara de pau, com total força de convicção. Pelo receio de estarmos sendo injustos, para não sentir remorsos, com receio em acusar, delatar, ou punir, nos paralisamos. Eles não têm a menor compaixão em nos enganar, ludibriar, desmentir, caluniar, nos fazer em entrar alguma fria, em estragar nossas vidas.           
           Estes são os inimigos mortais de imprensa, daquela que insiste em desvndar-lhes o golpismo, o nepotismo, os laranjas, as maracutáias, os superfaturamentos. Acho que estamos frente a Sistemas de Fraudulentos constituídos por Psicopatas. Sem qualquer ideologia acenam à esquerda para conquista-lhes os votos. Mas são financiados por bancos e lhes asseguram os lucros portentoso.     
            Se formos buscar na história, e mesmo no presente, vamos encontrar tipos polêmicos, grandes líderes carismáticos que acobertam todo tipo de ladroeira, de ladrõezinhos a grande corruptos que podem lhes propiciar sustentação política e recursos. Sob seu manto de Pais, Guias, Salvadores da Pátria , se acomoda uma verdadeira corte, a fazer inveja a reis . Estes líderes são os maiores inimigos da imprensa, daquela que revela as falcatruas de seus protegidos.
           Estes sistemas políticos-fraudulentos buscam se perpetuar, elegendo-se ou fazendo eleger homens ou mulheres com eles comprometidos. Estes sistemas têm respaldo popular, nas democracias representati
vas que os avalizam. Tendem a granjear simpatia em todas os setores da sociedade, sobretudo o judiciário
        Estes sistemas não se aguentam por muito tempo, a imprensa xeretando. Assim tendem a censurá-la e até suprimi-la.Tendem à ditaduras populistas idolatradas pelas massas. Lembro-me de Getúlio e de Peron.
  

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Lula e o Rei Sol

Descontinuei temporariamente o Blog  por estar  envolvido de corpo e alma no meu livro infanto-juvenil  “O Tamanduá na Ilha dos Ouriços Gigantes” agora na 2ª revisão. Terá ilustrações de Vinicius Vogel cujos  trabalhos publicados aqui e no Canadá são excelentes.  

LULA E O REI SOL


Lula deu uma inequívoca demonstração de  Cultura, ao declarar que O povo mais pobre não precisa mais de formador de opinião “...” Nós somos a opinião pública“. Isto foi  em recente comício,  se não me engano em Minas  Gerais - ato absolutamente dispensável visto estar no topo das pesquisas de opinião, com sua candidata bombando. 
 Sem dúvida, veio-lhe a cabeça, e não hesitou em parafrasear ,a máxima de um outro Luis - que reinou até 70 anos - Luiz XIV da França, - o Rei Sol - que no auge do absolutismo  cravou esta: “L'Etat c'est mois" ou “O Estado sou eu.” Embora mais humilde, Lula se iguala na sobeba. Usa  “nós “ (Plural majéstico),  querendo dizer “Eu”: "Eu sou a opinião pública”. Como escreve  Zuenir Ventura, que publicou primeiro   a relação ente Lula e  Louis XVI: “Sua Majestade Luiz Inácio, o nosso Rei-Estrela (vermelha), não diria hoje ‘o Estado sou eu’, mas ‘somos nós’ .
 O reinado dos glamorosos dos Luises, acabou no fim do século XVIII, com Luis XVI, marido de Maria Antonieta – a dos Brioches. Eles não foram perdoados pela opinião pública nem pela imprensa da época. Ele, pelos rombos crônicos - também herdados dos Luises precedentes - nas contas  do reino, face às enormes despesas  com os desvarios pessoais; aos custos em manter a corte e seus caprichos; ao  esporte de fazer guerras fúteis. Ela, estrangeira, por escândalos amorosos. Acusados de traição, num gesto tresloucado, ou não, foram condenados à guilhotina.

Era a Revolução Francesa, no fim do século XVIII, com o  fim da Monarquia e o início da República. Nesta esta época ainda éramos Colônia e nossa Monarquia surge mais de vinte anos depois.
Para o horror das cabeças coroadas do velho continente, Luis não conseguiu dar um jeito, recebeu um basta. Sempre há uma primeira vez! Foi decapitado. Matéria Antonieta, seis meses depois.
Lembro-me deque um século depois, por conta de outra  Revolução - a  Russa - o Tzar Nicolau II foi  fuzilados com toda a família.
       A Revolução Francesa abriria novos rumos para a humanidade, implantando os alicerces da democracia moderna.
Ficou uma indagação que persiste até hoje: como lidar com a corrupção que atinge as instituições democráticas, a classe política, o aparelho estatal, os governos, por conta de políticos, dos burocratas, dos governantes sanguessugas, aves- de- rapina do erário nacional. É claro que isto já deveria existir antes, com outra roupagem.
Nenhuma evolução conseguiu livrar-nos deles, nenhuma revolução, nenhuma ditadura - que podea até servir para acobertá-los.






sábado, 19 de junho de 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

UMA SAÍDA HONROSA OU UM PESADELO Nº 2

Agora com novo lay-out
Como sempre, o texto não teve revisor.

Lula deve andar muito p. da cara com Obama, se entendeu que o americano o incentivara a tentar fazer um acordo com o Irã, enquanto, secretamente, torcia para que fracassasse; pois já tendo o apoio da China, o acordo teria perdido o valor e seria estrategicamente um estorvo. Um problema muito sério que a mídia nacional não avalia adequadamente.


Tive a confirmação de que o título deste POST “UMA SAIDA HONROSA OU UM IMENSO PESADELO - 2ª Parte” está apropriado, quando li, na coluna do Ilimar Franco, no Globo, a seguinte nota:


O Presidente Lula já não está mais tai irritado com o Presidente Obama por causa do Irã. Lula continua dizendo que ficou na mão, depois de ter trabalhado a partir de sinalização de Obama. Mas sua ira está voltada agora conta a Secretária de Estado Hillary Clenton.
Lula esta convencido que ela, deliberadamente, quis constranger Obama, por isso saio atirando contra o acordo costurado com o Brasil.

Isto tem mais cara de um non sense. Como se o Presidente Lula estivesse preferindo acreditar numa teoria conspiratória, envolvendo a Secretária de Estado em uma intriga palaciana. Assim, na sua cabeça, Lula “protegeria" Obama por não haver assumido sua responsabilidade, no caso, e não teria porque sentir ira do mesmo. Desloca toda a responsabilidade para Hillary, como se fosse uma bruxa, ciumentas, intrigante, invejosa da boa relação dos dois. Logo a Hillary!

- Menos, Lula, menos, não acham?


Apesar de tudo, Lula andou pagando mico para jornalistas , e políticos que parecem querer poupá-lo, cada vez que fala no acordo firmado e depois micado. Pelo menos até agora, visto ter acabado de dar apoio ao Irã, votado a favor dele, junto com a Turquia, e contra os votos dos demais 15 membros do Conselho de Segurança da ONU,na questão das sanções contra a iIrã, construção da bomba atômica iraniana.


Por que? Por motivos insondáveis...! Ou não!

Estará com raiva que por seu plano de paz foi inviabilizado? Vejam só a habilidade dos EUA em produzir inimigos!


Está querendo o voto xiita, muçulmano, árabe? Quem sabe virar ser uma nova liderança? Com que propósitos? Na ONU?


Esta semana li, no Globo, um excelente comentarista escrever que não via nenhum traço de identidade entre o Brasil o Irã, e assim, só entende a aproximação Lula com este país, como um “apaixonamento” . E isto deve ser a dúvida de muita gente; quanto há uma importante identidade em comum: o petróleo do pré-sal.

Há outro ponto de identidade em comum com o mundo árabe - e por extensão muçulmana - e com Ahmadinejad o antiamericanismo no mundo inteiro, e latente  em uma facção dominante no PT, sobretudo por conta do braço direito de Lula, Marco Aurélio Garcia, gaúcho, meu contemporâneo, antiamericano de ” nascença” e que diz a todo mudo que “o Irã é demonizado”.


Há alguns meses,  chamou-me a atenção  uma noticia na imprensa  sobre a adesão do Brasil à frente Sul-Sul, s “destinada a fazer frente aos EUA ” [sic] .


O Brasil participa da Cooperação Sul-Sul, como membro da BIRCS (Brasil, Rússia Índia, China e África do Sul) e dos 3, a IBASA, Índia, Brasil e África do Sul, com excelente desempenho econômico.


É interessante ler o este texto que tirei de Tempo Presente -página da URFJ  na Internet escrita por Heleno  Moreira : “Integração sul-americana: situação atual e perspectivas” - ítem 6 -(*).
“Assim, a despeito de dificuldades, há uma especial oportunidade estratégica, pois o Mercosul (impulso platense) é o ponto de partida da geopolítica para atuar na frente sul-sul (centro mundial de poder), que possibilitará a integração deste bloco com 2 grandes segmentos: Índia – Brasil – África do Sul (IBAS) e com a Cúpula dos Países Árabes. Essa é uma iniciativa que pode, de forma útil, complementar os movimentos políticos em direção à América Andina, o que será uma articulação política muito mais árdua do que parece à primeira vista, pois terá de enfrentar a forte resistência dos EUA".


Nunca me convenci de que a aproximação de Lula com o Irã, teria apenas o motivo alegado de pretender fazer mediações no Oriente Médio, exatamente por este apaixonamento que aparenta pelo Irã.

Ela vem depois de uma bem sucedida ligação entre a antiga Pérsia e a Venezuela - onde o embaixador israelense foi expulso. se pratica,  o anti-semitismo. Lula  anseia com a entre da Venezuela no Mercosul e mantém relações próximas com Chavez –- e agora com Ahmadinejad. Os dos últimos são contra os Estados Unidos. Agora, podem vir a ser os são os três.


Sempre que penso nestes três, penso na Frente Sul-Sul (centro mundial de poder de poder).


ACHO QUE OS PROPÓSITOS DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA DEVERIAM SER TRANSPARENTES. CASOS SECRETOS, APROVADAS PELO SENADO.


Lula tem razão quando diz que, por maiores ameaças feitas, os ayatollahs dificilmente se dobrarão as pressões do Conselho de Segurança da ONU. Mas, poderão levar a uma sublevação da população. Como foi, há 10 anos, quando o Xá Reza Pahlevi foi tirado do trono por eles
CONCLUSÁO:

O voto do Brasil, na ONU, favorável ao Irã, pode ter 3 raízes:

1 Frustração face à  inviabilização do acordo assinado.
2 Ter sido feito de bobo por Obama de Hillary.
3 Antiamericanismos latentes.


Acho que as três raízes agiram em conjunto, potencializando-se. As duas primeiras podem acabar justificando a 3ª.


Ao ler as sanções promulgadas para o Irã, encontramos uma ausência de coerência com DEMAIS ATITUDES. As sanções não proibem,atômica. Isto pede estar sendo por conta das sanções que foram retiradas por estes países, do conjunto de sansões, quando do espanto pela assinatura do Irã ao acordo.


Alguns analistas políticos acham que as sanções foram prejudicadas. Vaticinam que, uma vez perdido a seu poder, graças à intervenção brasileira, a iniciativa passa pra de Israel. Leia-se, iniciativa militar.


E foi noticiado que a Arábia Saudita  liberou seu espaço aéreo para aviões israelenses!
Infelizmente para todos.


                                 Quem viver verá!


* www.tempopresente_org - Integração sul-americana situação atual e perspectivas.mht

http://www.tempopresente.org/index.php?option=com_content&task=view&id=4473&Itemid=147.

domingo, 30 de maio de 2010

UMA SAIDA HONROSA ou UM IMENSO PESADELO - parte I





De novo não contei com revisor, o que atrasaria muito a postagem. Perdoem-me os evntuais erros.


Queixas de que os texto são  muito longos me levaram a postar este em duas partes

Há uma crescente preocupação com o recrudescimento da ameaça nuclear. A História mostra os riscos de procrastinar ,  quando se pode agir  para evitar perigos, enquanto ainda há tempo de abortá-los. Lula trouxe um fato novo ao cenário internacional, cobrando mais negociações com o Irã, enquanto as 5 potências atômicas do Conselho de Segurança da ONU - incluindo a Rússia - e recentemente a China -  estavam discutindo uma nova rodada de sanções contra o país - que não consideram confiável.  Por ironia, o Presidente Lula costuma ser criticado por procrastinar. Estará ele tentando atrapalhar  para agradar e   Irã. E com que finalidade?
 Tanto Obama   quanto Lula terão de encontrar uma saída honrosa
 -   se for possível - para  a  dificuldade em que aquele  meteu Lula e em que este se meteu. Ou a menos pior. E então os EUA poderão continuar sua política com o Irã, esperado que o mundo  continue o mesmo.
Em outro cenário, teremos Lula a querer se intrometer a longo prazo   nas relações entre  Irã e EUA, numa estratégia que envolve outros, como a Venezuela... isto é, na certeza da derrota de Serra...
ou...
        
 Aos que me criticam por estar falando tanto de nazismo, lembro que foi Ahmadinejad quem o exorcizou Hitler. Enquanto nega o Holocausto, vai apregoando um por sua conta.


Poucos meses após ter assinado um tratado de paz com a França e Inglaterra, Hitler invadiu a Polônia. Como havia um tratado de não - agressão com a Inglaterra, esta se viu obrigada a declarar guerra à Alemanha, começando a III Guerra Mundial. Inglaterra e França não puderam mais ficar contemporizando, como haviam feito até então, enquanto a Alemanha ia anexando países da Europa. A França foi invadida, e a Londres ficou sobre bombardeios  da Luftwaffe e das bombas voadoras Vi e V2 alemãs.


Hitler faz uma aliança coma a Rússia, para em seguida rompê-la e marchar sobre Stalingrado.
Os acordos são seguro apenas quando a confiabilidade de ambas as partes.

São estas trágicas lembranças que, de algum modo, levam a não mais se querer contemporizar, repetindo erro, perder tempo, correr riscos previsíveis, com protelações sentidas como inúteis. E perder vdas. Sobretudo, quando se tratam de bombas atômicas, e com países ou regimes considerados não confiáveis, como dizem ser o caso do Irã, que enriqueceu secretamente urânio por 18 anos, e agora se recusa a aceitar investigação em suas instalações nucleares, determinada pelo Conselho de Segurança da ONU. Mesmo tendo assinado o Tratado de Não Proliferação de Armas Atômicas.

O Conselho de Segurança está, ao que parece,  sabe com quem está tratando e querendo impedir que o perigo  cresça. Talvez fosse bom que Lula entendesse e passara colaborar.

2 Este acordo com o Brasil e Turquia não toca na questão sensível do urânio domestico. O Irã se comprometeu a entregar apenas 2/3 do seu urânio à Turquia para ser enriquecido; mas, no mesmo dia, um ayatollah comunicou que o Irã “continuará enriquecendo o urânio doméstico, o que ficar em seu poder”. A impressa estrangeira achou que esta atitude invalidaria inteiramente o acordo assinado .

Não obstante conhecer a posição americana - que só aceita conversar depois das inspeções - Lula cobra dos EUA conversações. Os EUA alegam que já foram tentadas diversas negociações para inspeções nas instalações atômicas iranianas. O Irã  promete aceitá-las, cria expectativas, mas na hora proíbe. Entre outras coisas, por atitudes como estas, cresceu a convicção - inclusive na mídia - de que o Irã não é confiável, que é perda de tempo. Espero que Lula tenha  consciência do que está fazendo, quando advoga a causa do Irã ou a avaliza. Ele pode - e com isso  o Brasil - estar sendo conivente com bomba atômica iraniana e suas consequências. E, às vezes, é difícil depois recuar de palavras ditas e de posições tomadas, sem dano maior.

De outro lado, o modo como as exigências foram feitas ao Irã, pelo Conselho de Segurança, tem a meu ver uma conotação arrogante e mesmo humilhante - embora possam ser necessárias.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Affaire Teerã - Teerã Gate


Meus amigos                   
Novamente não  consegui  revisor,        peço portanto perdão pelos erros que são inevitáveis.

Metendo a colher
no rumoroso e fascinante caso que culminou com um acordo entre Brasil, Irã e a Turquia, faço algumas suposições: o presidente Luiz Inácio LULA da Silva foi estimulado pelo Presidente Obama a uma missão destinada a fracassar. Deu Zebra, ele teve sucesso, dando assim uma saia justas nas   potências atõmicas.

Lula andava se oferecendo para ser mediador no Oriente Médio, movido sem dúvida pala ambição, meritória, de encerrar seu mandato entrando para a historia como estadista. Como o principal litígio mundial passa atualmente por Irã e Israel, lá foi ele à luta.

O problema era se aproximar de Ahmadinejad, que andavam berrando pelo mundo á forra que o holocausto não existiu, que pretende destruir Israel, e que se distraindo a executando opositores do regime, pretendendo homossexuais além de manter as mulheres na Idade Média.


A aproximação de Lula e Ahmadinejad, de mãos dadas, na ONU, e sua visita ao Brasil, provocaram escândalos, principalmente ente os judeus brasileiros. O Irã achava-se já isolado, desde 2008, sob severas sanções do ocidente; seu comércio era principal com a Rússia e China.

 As sanções têm uma história longa. Iniciaram qundo  descobriu-se que o Irã vinha centrifugando urânio havia 18 anos, apesar de ser signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Atômicas da ONU - criado em 1968, destinado a impedir a corrida armamentista e à redução de arsenais nucleares.

O Irã passou a declarar que só centrifugava urânio para fins pacíficos, mas as potências mundiais quiseram saber com detalhes como era seu projeto nuclear, exigindo que paralisasse tudo para sofrer inspeção internacional. O Irã se recusou. A partir de 2008, começaram as sanções, previstas no  Trarado. Iam, da proibição em dar visto para pessoas importantes de a hierarquia viajar, à proibição de compra de aviões, congelamento de recursos de empresas e de bancos. Recentemente, o Conselho de Segurança da ONU - que já contava com o apoio da Rússia para as sanções contra o Irã - passou a contar também com o da China. Começaram a discutir uma nova roda de sanções.


Dizem que o Irã tem capacidade de enriquecer urânio a 99% - que serve para bomba - em poucos meses; têm mísseis; mas estima-se que não tenha capacidade para fabricar ogivas nucleares. Há meses, foi tentado um acordo para  depositar seu urânio enriquecido á 4%, na França e na Rússia, que o devolveriam enriquecido à 20 % e com vantagem adicionais valiosas. Este serve para fins civis, não militares. Na última hora, os Ayatollahs deram para trás, “por falta de confiança” .


Ahmadinejad reclama para Lula que “as potências mundias nunca negociaram diretamente, pessoalmente com os dirigentes iranianos”, e que estes estão  aceitando negociar. O Conselho de Segurança quer que o Irã cumpra primeiro as exigências, que interrompa toda e qualquer atividade ligada a seu projeto nuclear, antes de conversar. Aí reside o conflito. Está por acontecer uma nova rodada de sanções, pela qual o qual o Irã vai deixar de receber derivados do petróleo – produtos que ele não fabrica em quantidades suficientes. É uma decisão problemática, pois afetaria diretamente a população iraniana.


Neste cenário, entre Lula, oferecendo- se para mediar o conflito. Alega que não acreditar na eficácias de sanções, que estas não fariam o Irã mudare só o povo sairia sofrendo... Quer negociar. Ele recebe de Obama - com o ele mesmo diz - um acordo a ser assinado pelor Brasil, Irã e Turquia - pais vizinho do Irã e que se juntou ao Brasil nas negocações, os dois, membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU. O plano consistia em transportar cerca de 1.200 toneladas de urânio , a 4%, para  a Turquia - 2/3 do que o Irã diz possuir-, para ser lá  enriquecido a 20%, restando 600 T devolvidas,  para uso em fins civis.

Assim, Lula ruma para Teerã. Passa antes pela Rússai e conversa com seu Presidente, com quem participa de uma coletiva de imprensa, pela a TV. Ouve dele que “não tinha a menor confiança no sucesso da missão do Presidente Lula... mas, como o Presidente acredita, também vou acreditar uns 30%”. Lula, por sua vez, declara como uma criança exultante que acredita “ 3 vezes mais, 99%”. Confia na sua experiência de líder sindical.

Segue, domingo, para Teerã. Após de 18hs de negociações, na 2ª feira, proclama-se , ao vivo, para o mundo atônito, que o acordo fora assinado.

BINGO! Sucesso. Perplexidade mundial!

Assistiu-se a uma inusitada manifestação: 15 a 20 homens de terno, festejando, de braços abertos, aos abraços, sorrindo, como se tivessem ganhado a copa do mundo. Um jornalista londrino reagiu com indignação: “O que foi aquele tango argentino que se  viu”? Os outros jornais estrangeiros, Le Monde, Figaro, etc., elogiaram,  mas aconselhavam Lula ter mais cuidado, e esperar para festejar depois, uma vez implementado o acordo, visto que o Irã costuma não cumprir o que combina. E lembravam que havia ainda questões muito importantes a serem resolvidas. O Irã comunica que continuará seu programa nuclear, a processar urânio doméstico. Diziam que: "Esta notícia pode anular todo o sucesso do acordo assinado".“Isto poderia invalidar o sucesso obtido pelo acordo”.


Incrível, mas não li, nem   ouvi, nada referente  a este comunicado,   importante para se entender o contexto, na nossa imprensa .


Inusitadamente o Conselho de Segurança da ONU se reúne, na 3ª ou 4ª feira, e finalmente decidem por uma nova rodada de sansões contra o Irã – decisão que não era concluída após semanas de indecisão. Apenas a Rússia recuou em algumas sanções.


Novamente, perplexidade, maior ainda. Um balde de água gelada no Lula?


Os jornais e as TVs tratavam de dar conta dos fatos, surgindo inúmeras hipóteses e versões.


Lembro de um professor universitário, especialista em Oriente Médio, ou algo do gênero, que afirmou ao Jornal a Noite, da Globo, que Lula havia conseguido comprometer muito o possivel acordo do Conselho de Segurança; e que assim a iniciativa passava para a área militar, isto é, para Israel. Outros   especialistas falaram o mesmo.


Lula, voltando da Espanha - onde recebera um prêmio-  sem entender nada, cobra das grandes potências fazerem a parte delas: ”Eu fiz a minha... ”. Depois, veio a teoria do inimigo: “As pessoas só conseguem negociar fazendo inimigos; eu faço amigos”. Finalmente as revelações: “Eu fiz exatamente o que o Obama pediu... o que ele me deu para fazer... ele me incentivou inclusive por carta”.

Tudo deve ter-se passado exatamente como Lula disse, com cartas de incentivo e tudo mais.


Vamos supor que seria bom para Obama uma última iniciativa diplomática - pois tinha muita gente lhe cobrando - mas, só para inglês ver, visto haver perdido toda confiança no Irã. Lula cairia como uma luva. Para prestigiar o amigo - “Este é o Homem”- que estava querendo entrar no circuito internacional, tentou unir o útil ao agradável. Entregou-lhe um acordo que supostamente queria que fosse assinado, um acordo que já fora tentado, meses antes, com a Rússia e a França e rejeitado pelo Irã. E que agora, no momento, com toda a força e o poder alcançados com a adesão da China, seria um estorvo: o acordo que o presidente russo afirmara  a Lula que tentar conseguir  seria um fracasso.

Desconforto geral!

Se Lula foi dormir sonhando com o prêmio Nobel da Paz, nos braços, acordou no maior sufoco. Isto é o que dá, se meter em briga de cachorro grande.

Se Lula  ainda não entendeu o que ocorreu, que ganhando perdeu, quem vai lhe contar o que aconteceu?



Todos estão convencidos, incluindo Rússia e China, de que o Irã está  fabricando uma bomba atômica e que poderia processar todo o urânio necessário, em alguns meses. E estão convencidos também de que o Irã não vai colaborar. Menos Lula, ao menos oficialmente.



Tratando-se de bomba atômica, ninguém quer vacilar. O acordo assinado or Lula  está servindo para confundir, dividir as opiniões. Para permitir ao  Irã de ganhar tempo e serem proteladas as sanções. De certo modo, para tentar desmoralizar a rodada de sanções.

O Washington Post , na 2ª ou 3ª feira, descacetou Obama, responsabilizando sua desastrosa política externa, por tudo o que estava acontecendo, e não Lula.


O medo da represália deve ter tido um efeito maior sobre o Irã, para a assinatura do acordo, do que a propalada lábia sindicalista do LULA.


Quem sofreu com guerras é mais precavido. Quem se lembra da IIª Guerra Mundial recorda que Hitler, após invadir e anexar diversos países europeus, assinou um Tratado de Paz com a Inglaterra e a França. Este tratado foi rompido pela Alemanha, poucos meses depois: alegando um problema banal de fronteira - forjado- , invadiu de surpresa a Polônia, dando início à IIª Guerra.


Talvez Lula esteja dando uma dica , e seria bom ouvir, quando sugere que alguém vá à Teerã dar  prosseguir às conversações . Talvez seja a hora, se de fato Ahmadinejad e a patota estiverem muito amedrontados.

Obama, na campanha, tinha outro discurso, mais ameno, conciliador, indicando que se disporia a visitar a antiga Pérsia, para estremecimento dos republicanos. Poderia acataria o conselho do amigo Lula e pagar para ver. Mesmo que não aconteça nada, Obama ganharia pontos no mundo inteiro, assim como quando candidato. Humildade não faz mal a ninguém. Estas viagens podem provocar milagres... Ou não! Poderia ser uma tremenda perda  de tempo e um enorme desgaste.


                                                        

                                           Quem viver, verá!