segunda-feira, 24 de maio de 2010

Affaire Teerã - Teerã Gate


Meus amigos                   
Novamente não  consegui  revisor,        peço portanto perdão pelos erros que são inevitáveis.

Metendo a colher
no rumoroso e fascinante caso que culminou com um acordo entre Brasil, Irã e a Turquia, faço algumas suposições: o presidente Luiz Inácio LULA da Silva foi estimulado pelo Presidente Obama a uma missão destinada a fracassar. Deu Zebra, ele teve sucesso, dando assim uma saia justas nas   potências atõmicas.

Lula andava se oferecendo para ser mediador no Oriente Médio, movido sem dúvida pala ambição, meritória, de encerrar seu mandato entrando para a historia como estadista. Como o principal litígio mundial passa atualmente por Irã e Israel, lá foi ele à luta.

O problema era se aproximar de Ahmadinejad, que andavam berrando pelo mundo á forra que o holocausto não existiu, que pretende destruir Israel, e que se distraindo a executando opositores do regime, pretendendo homossexuais além de manter as mulheres na Idade Média.


A aproximação de Lula e Ahmadinejad, de mãos dadas, na ONU, e sua visita ao Brasil, provocaram escândalos, principalmente ente os judeus brasileiros. O Irã achava-se já isolado, desde 2008, sob severas sanções do ocidente; seu comércio era principal com a Rússia e China.

 As sanções têm uma história longa. Iniciaram qundo  descobriu-se que o Irã vinha centrifugando urânio havia 18 anos, apesar de ser signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Atômicas da ONU - criado em 1968, destinado a impedir a corrida armamentista e à redução de arsenais nucleares.

O Irã passou a declarar que só centrifugava urânio para fins pacíficos, mas as potências mundiais quiseram saber com detalhes como era seu projeto nuclear, exigindo que paralisasse tudo para sofrer inspeção internacional. O Irã se recusou. A partir de 2008, começaram as sanções, previstas no  Trarado. Iam, da proibição em dar visto para pessoas importantes de a hierarquia viajar, à proibição de compra de aviões, congelamento de recursos de empresas e de bancos. Recentemente, o Conselho de Segurança da ONU - que já contava com o apoio da Rússia para as sanções contra o Irã - passou a contar também com o da China. Começaram a discutir uma nova roda de sanções.


Dizem que o Irã tem capacidade de enriquecer urânio a 99% - que serve para bomba - em poucos meses; têm mísseis; mas estima-se que não tenha capacidade para fabricar ogivas nucleares. Há meses, foi tentado um acordo para  depositar seu urânio enriquecido á 4%, na França e na Rússia, que o devolveriam enriquecido à 20 % e com vantagem adicionais valiosas. Este serve para fins civis, não militares. Na última hora, os Ayatollahs deram para trás, “por falta de confiança” .


Ahmadinejad reclama para Lula que “as potências mundias nunca negociaram diretamente, pessoalmente com os dirigentes iranianos”, e que estes estão  aceitando negociar. O Conselho de Segurança quer que o Irã cumpra primeiro as exigências, que interrompa toda e qualquer atividade ligada a seu projeto nuclear, antes de conversar. Aí reside o conflito. Está por acontecer uma nova rodada de sanções, pela qual o qual o Irã vai deixar de receber derivados do petróleo – produtos que ele não fabrica em quantidades suficientes. É uma decisão problemática, pois afetaria diretamente a população iraniana.


Neste cenário, entre Lula, oferecendo- se para mediar o conflito. Alega que não acreditar na eficácias de sanções, que estas não fariam o Irã mudare só o povo sairia sofrendo... Quer negociar. Ele recebe de Obama - com o ele mesmo diz - um acordo a ser assinado pelor Brasil, Irã e Turquia - pais vizinho do Irã e que se juntou ao Brasil nas negocações, os dois, membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU. O plano consistia em transportar cerca de 1.200 toneladas de urânio , a 4%, para  a Turquia - 2/3 do que o Irã diz possuir-, para ser lá  enriquecido a 20%, restando 600 T devolvidas,  para uso em fins civis.

Assim, Lula ruma para Teerã. Passa antes pela Rússai e conversa com seu Presidente, com quem participa de uma coletiva de imprensa, pela a TV. Ouve dele que “não tinha a menor confiança no sucesso da missão do Presidente Lula... mas, como o Presidente acredita, também vou acreditar uns 30%”. Lula, por sua vez, declara como uma criança exultante que acredita “ 3 vezes mais, 99%”. Confia na sua experiência de líder sindical.

Segue, domingo, para Teerã. Após de 18hs de negociações, na 2ª feira, proclama-se , ao vivo, para o mundo atônito, que o acordo fora assinado.

BINGO! Sucesso. Perplexidade mundial!

Assistiu-se a uma inusitada manifestação: 15 a 20 homens de terno, festejando, de braços abertos, aos abraços, sorrindo, como se tivessem ganhado a copa do mundo. Um jornalista londrino reagiu com indignação: “O que foi aquele tango argentino que se  viu”? Os outros jornais estrangeiros, Le Monde, Figaro, etc., elogiaram,  mas aconselhavam Lula ter mais cuidado, e esperar para festejar depois, uma vez implementado o acordo, visto que o Irã costuma não cumprir o que combina. E lembravam que havia ainda questões muito importantes a serem resolvidas. O Irã comunica que continuará seu programa nuclear, a processar urânio doméstico. Diziam que: "Esta notícia pode anular todo o sucesso do acordo assinado".“Isto poderia invalidar o sucesso obtido pelo acordo”.


Incrível, mas não li, nem   ouvi, nada referente  a este comunicado,   importante para se entender o contexto, na nossa imprensa .


Inusitadamente o Conselho de Segurança da ONU se reúne, na 3ª ou 4ª feira, e finalmente decidem por uma nova rodada de sansões contra o Irã – decisão que não era concluída após semanas de indecisão. Apenas a Rússia recuou em algumas sanções.


Novamente, perplexidade, maior ainda. Um balde de água gelada no Lula?


Os jornais e as TVs tratavam de dar conta dos fatos, surgindo inúmeras hipóteses e versões.


Lembro de um professor universitário, especialista em Oriente Médio, ou algo do gênero, que afirmou ao Jornal a Noite, da Globo, que Lula havia conseguido comprometer muito o possivel acordo do Conselho de Segurança; e que assim a iniciativa passava para a área militar, isto é, para Israel. Outros   especialistas falaram o mesmo.


Lula, voltando da Espanha - onde recebera um prêmio-  sem entender nada, cobra das grandes potências fazerem a parte delas: ”Eu fiz a minha... ”. Depois, veio a teoria do inimigo: “As pessoas só conseguem negociar fazendo inimigos; eu faço amigos”. Finalmente as revelações: “Eu fiz exatamente o que o Obama pediu... o que ele me deu para fazer... ele me incentivou inclusive por carta”.

Tudo deve ter-se passado exatamente como Lula disse, com cartas de incentivo e tudo mais.


Vamos supor que seria bom para Obama uma última iniciativa diplomática - pois tinha muita gente lhe cobrando - mas, só para inglês ver, visto haver perdido toda confiança no Irã. Lula cairia como uma luva. Para prestigiar o amigo - “Este é o Homem”- que estava querendo entrar no circuito internacional, tentou unir o útil ao agradável. Entregou-lhe um acordo que supostamente queria que fosse assinado, um acordo que já fora tentado, meses antes, com a Rússia e a França e rejeitado pelo Irã. E que agora, no momento, com toda a força e o poder alcançados com a adesão da China, seria um estorvo: o acordo que o presidente russo afirmara  a Lula que tentar conseguir  seria um fracasso.

Desconforto geral!

Se Lula foi dormir sonhando com o prêmio Nobel da Paz, nos braços, acordou no maior sufoco. Isto é o que dá, se meter em briga de cachorro grande.

Se Lula  ainda não entendeu o que ocorreu, que ganhando perdeu, quem vai lhe contar o que aconteceu?



Todos estão convencidos, incluindo Rússia e China, de que o Irã está  fabricando uma bomba atômica e que poderia processar todo o urânio necessário, em alguns meses. E estão convencidos também de que o Irã não vai colaborar. Menos Lula, ao menos oficialmente.



Tratando-se de bomba atômica, ninguém quer vacilar. O acordo assinado or Lula  está servindo para confundir, dividir as opiniões. Para permitir ao  Irã de ganhar tempo e serem proteladas as sanções. De certo modo, para tentar desmoralizar a rodada de sanções.

O Washington Post , na 2ª ou 3ª feira, descacetou Obama, responsabilizando sua desastrosa política externa, por tudo o que estava acontecendo, e não Lula.


O medo da represália deve ter tido um efeito maior sobre o Irã, para a assinatura do acordo, do que a propalada lábia sindicalista do LULA.


Quem sofreu com guerras é mais precavido. Quem se lembra da IIª Guerra Mundial recorda que Hitler, após invadir e anexar diversos países europeus, assinou um Tratado de Paz com a Inglaterra e a França. Este tratado foi rompido pela Alemanha, poucos meses depois: alegando um problema banal de fronteira - forjado- , invadiu de surpresa a Polônia, dando início à IIª Guerra.


Talvez Lula esteja dando uma dica , e seria bom ouvir, quando sugere que alguém vá à Teerã dar  prosseguir às conversações . Talvez seja a hora, se de fato Ahmadinejad e a patota estiverem muito amedrontados.

Obama, na campanha, tinha outro discurso, mais ameno, conciliador, indicando que se disporia a visitar a antiga Pérsia, para estremecimento dos republicanos. Poderia acataria o conselho do amigo Lula e pagar para ver. Mesmo que não aconteça nada, Obama ganharia pontos no mundo inteiro, assim como quando candidato. Humildade não faz mal a ninguém. Estas viagens podem provocar milagres... Ou não! Poderia ser uma tremenda perda  de tempo e um enorme desgaste.


                                                        

                                           Quem viver, verá!

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