terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Quem te perguntou?


Quem me perguntou?
--Ninguém me perguntou nada, mas não resisto à tentação de meter a colher. De mais a mais, se todos se manifestassem, participassem, sem temor de se expor, ao menos seria divertido. Quem sabe conseguíssemos comunicar, entender ou mudar alguma coisa? Todas as mudanças começaram por lutas. Nada acontece do nada, nada acontece de graça,



Estou lançando dois Blogs: METENDO A COLHER e FUNDAMENTAL

MEU HISTÓRICO RECENTE:
8 de março de 2008 - nasce minha neta, Laura, que me dá muita alegria e nova chance de reexaminar a trajetória de minha vida, revisitando minha história. Quem sabe, entender melhor o que fiz e o que e não fiz; quem fui e quem não fui. Encontrar o que teria ficado a minha espera por ser entendido; e quem sabe vislumbrar novos caminhos.

3 de setembro de 2009 - lanço meu livro de poemas, FUNDAMENTAL, Ibis Libris Ed., na Livraria da Travessa do Shopping Leblon - com prefácio de Tanussi Cardoso, orelha de Igor Fagundes, 4 ª capa de Laura Esteves e posfácio de Cairo Assis Trindade - iluminando, generosamente, o meu presente e construindo pontes para o futuro.
Dezembro de 2009/ Janeiro de 2010
Lanço meus 2 Blogs
O primeiro, Metendo a Colher, um diário do meu pensamento, de meu estar no mundo e do mundo em mim.
O segundo, Fundamental, cujo título é o mesmo do meu livro de poemas, é dedicado à poesia e à literatura.
www.metendoacolher33.blogspot.com
www.fundamental33.blogspot.com

BLOGS ANTERIORES


Metendo a colher dá continuidade aos Blogs anteriores:
www.diariodavidaintuidaeamotinada.blogspot.com
http://www.de-repente.blogspot.com/
Este último interrompido, por conta de uma embolia cerebral que me deixou paralítico do braço direito. Após anos de fisioterapia, estou aqui de novo, mais devagar, mas estou.

TEMA DE ABERTURA O tema de abertura serão as drogas, pois é grande a mortandade resultando de sua proibição; e é o tema mais atual na Cidade do Rio de Janeiro.

Somos tão bombardeados pela mídia, com informações de toda natureza, todo dia, q quando cessem as notícias de uma natureza, , por exemplo, sobre a questão do tráfico de drogas, até parece que o problema acabou. Assim foi no fim do Ano. É o nosso desejo que nos faz pensar assim, na esperança de menos tragédias na televisão. ~

OS 3 PARA-EFEITOS TRÁGICOS QUE O GOVERNADOR NÃO QUIS SABER, NA CAMPANHA BEM SUCEDIDA(?) CONTRA O TRÁFICO NO RIO
Mas, antes mesmo de passar um ano, já surge o assalto a um famoso professor internacional de judô, junto com um amigo a caminho de Paraty, numa Lan Rover - supostamente pertencente a um astro da Globo. Resistiu e foi assassinado com três balas na cabeça. O amigo está hospitalizado
O Governador do Rio, Sérgio Cabral está todo prosa – só não está mais, pois não tem tempo de ficar na cidade - mas está todo gabola: livrou a Zona Sul do domínio dos traficantes. Tem realmente motivos para se regozijar. Mas só até certo ponto. Fez uma coisa boa, maravilhosa, sobretudo para os moradores das áreas libertadas. Uma bênção. Ainda mais se permanecer assim. Mas não se pode dizer o mesmo sobre a cidade. Cabral talvez teria que se inteirar melhor sobre a questão das drogas, e ficar com um pé atrás, ou os dois.

CESSA O CRIME ORGANIZADO, SURGE O DESORGANIZADO
É fato que, quando o Crime Organizado passa a se desorganizar, surge o Crime Desorganizado. Quando falta droga, ou ela não pode ser comercializada, os traficantes ficam duros e, já que não podem se aposentar ou mudar de profissão, de repente – e para uma que lhes dê, também, um bom dinheiro, passam à pratica do crime comum. Ressurgem os assaltos, à mão armada, a transeuntes, turistas, a carros particulares, ónibus, residências, etc. Podem ressurgir famosos arrastões, sequestros. Este é o primeiro para-efeito trágico das vitórias do Governador, ao menos numa cidade como o Rio de Janeiro, que não é York - onde ele costuma se inspirar - e que conta com o Morro do Alemão de mais de 100 mil habitantes, e a Rocinha.
Este parece ter sido o destino do professor de judô.
O único incoveniente para os usuários é a mudança de endereço, e provavelmente o aumento do preço das mercadorias.

GUERRA DE QUADRILHAS E BALAS PERDIDAS
O 2º para-efeito trágico das vitórias
na Zona Sul é a desestabilização em outras áreas da Cidade, com guerra entre quadrilhas, pela posse de territórios, por conta dos traficantes expulsos da Zona Sul. Segundo notícias de hoje, a briga já começou, com incêndio de vário s ônibus. Desta guerra ninguém escapa: criança, velho, estudante, dona de casa, policiais e bandidos, enfim, toda população, uma verdadeira carnificina! Nenhum habitante da cidade estará livre desta guerra, atingido por uma bala perdida ou diretamente no conflito ente traficantes ou com a polícia.

OS DEPENDETES FÍSICOS - RISCOS -A SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
3º para-efeito trágico, a falta de droga ou o encarecimento de preço no mercado é uma tragédia para os realmente viciados, com dependência orgânica - como os vicia-dos em Crak – que precisam desesperadamente das drogas, na falta dos quais fazem crise de abstinência. Esta crise caracteriza-se por sensações de mal-estar e diferentes graus de sofrimento mental e físico, que varia conforme o tipo de droga. O quadro clínico revela a falta que determinada substância está fazendo ao metabolismo orgânico
Algumas síndromes de abstinência podem ser tão graves ao ponto de colocar em risco a vida da pessoa, como é o caso da abstinência do álcool e a da heroína. Geral-mente levam a um mal-estar desesperante, com sensação ou medo de morte iminente, acompanhado de alterações físicas de toda natureza. Daí a “fissura” do sujei-to. Ele teme as consequências insuportáveis da abstinência, assim temem tratamentos, pois sabem que terão se defrontar com a síndrome.

Na fissura, habitualmente as famílias são as grandes vítimas. Os usuários podem se transfigurar de uma forma absurda, passam por cima de tudo e de todos para obter a droga, ou o dinheiro para comprá-las. Vendem tudo que tem, roubam objetos de dentro de casas, objetos de estimação da família, para vender, podendo tornar-se violentos, eventualmente, quando contrariados, mas raramente chegar ao assassinato. Quando este ocorre – tanto é raro – que vira manchete de jornal, como foi o caso recente do filho do poeta Luiz Proa, amplamente divulgado na mídia. Ao que parece, ele estrangulou até matar a namorada que o havia trancado, tentando impedir de chegar às drogas. Na mesma semana, tivemos notícia de uma mãe que construiria uma cela de cimento dentro de casa, onde mantinha o filho acorrentado.

Falando só da maconha e cocaína, parece que o vício severo só ocorre em pessoas que têm distúrbios emocionais, mentais precedentes. A droga começa a ser utilizada frequentemente como ansiolítico, tranquilizantes, anti-depressivos - assim como o álcool - e acabam provocando dependência orgânica que pode ser severa.

Espero que o Estado, atento a tais vicissitudes, tenha tomado as devidas providências, oferecendo internação em clínicas especializadas, o que parece custar a acontecer. A resposta habitual é que não há vaga.
Segundo Luiz, ele havia procurado diversas vezes internar o filho, sem sucesso. Na época, parece ter corrido uma versão de que a internação só adiantaria, quando o sujeito quer se tratar. Isto é verdade. Mas, no caso, se tivessem examinado o rapaz, haveria a chance de terem percebido que ele apresentava risco de agressão e, por-tanto,. risco de produzir uma tragédia, devendo ser internado para proteção da sociedade, independentemente de desejar ou não se tratar. O caso em questão poderia ser outro. Não de internação para tratamento, mas para evitar risco de agressão. Luiz está convencido de que, se o filho tivesse sido internado, esta tragédia não teria ocorrido.
De qualquer modo deve haver postos de Saúde para onde este pessoal possa ser encaminhado, quando em crise, e orientado e que possa, inclusive, ser administrada a droga, numa emergência, se for o caso. Isto se fazia em outros países com sucesso. Esta política - do mal menor - deve ser muito bem explicada para a sociedade, como uma estratégia terapêutica, para não gerar fofocas nem maledicências, como já ocorreu.

O Governo do Estado está se regozijando antecipadamente, pois só no morro Dona Marta tem experiência de um ano. Nos demais, a ocupação é recente. Lembrem-se da guerra de quadrilha, do morticínio, no 2º semestre deste ano. O Governo faz questão de dissociar um evento do outro.
***
O Governo Federal está abrindo a burra para valer, mas não li ou vi a destinação de verbas para contratar mais professoras primárias, médicos, nem policias, como lhes pagar um salário digno, nem para treinamento, reciclagem destas categorias - o que são as prioridades das prioridades. Sem isto. o dinheiro que conseguir chegar à população será gasto em novas televisões, panelas, liquidificadores, e até aplicações de Botox. Tudo isto é muito importan-
te, mas manterá o país sem progresso. Só na propaganda caríssima e mistificadora do governo.
Ontem, soube de um caso, através de minha fisioterapeuta, de uma amiga que foi atacada por 3 homens, que lhes roubaram tudo: dinheiro, celular, carro.



Rui Galanternick

NOVO POST NA PRÓXIMA SEMANA


  • DESMISTIFICANDO A QUESTÃO DAS DROGAS -
  • O QUE NÃO EM VER COM DROGAS
  • A LEI ANTI-DROGAS
  • O QUE É PROGRESSO?
  • ESTÁ HAVENDO PROGRESSO NO BRASIL?

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