domingo, 30 de maio de 2010

UMA SAIDA HONROSA ou UM IMENSO PESADELO - parte I





De novo não contei com revisor, o que atrasaria muito a postagem. Perdoem-me os evntuais erros.


Queixas de que os texto são  muito longos me levaram a postar este em duas partes

Há uma crescente preocupação com o recrudescimento da ameaça nuclear. A História mostra os riscos de procrastinar ,  quando se pode agir  para evitar perigos, enquanto ainda há tempo de abortá-los. Lula trouxe um fato novo ao cenário internacional, cobrando mais negociações com o Irã, enquanto as 5 potências atômicas do Conselho de Segurança da ONU - incluindo a Rússia - e recentemente a China -  estavam discutindo uma nova rodada de sanções contra o país - que não consideram confiável.  Por ironia, o Presidente Lula costuma ser criticado por procrastinar. Estará ele tentando atrapalhar  para agradar e   Irã. E com que finalidade?
 Tanto Obama   quanto Lula terão de encontrar uma saída honrosa
 -   se for possível - para  a  dificuldade em que aquele  meteu Lula e em que este se meteu. Ou a menos pior. E então os EUA poderão continuar sua política com o Irã, esperado que o mundo  continue o mesmo.
Em outro cenário, teremos Lula a querer se intrometer a longo prazo   nas relações entre  Irã e EUA, numa estratégia que envolve outros, como a Venezuela... isto é, na certeza da derrota de Serra...
ou...
        
 Aos que me criticam por estar falando tanto de nazismo, lembro que foi Ahmadinejad quem o exorcizou Hitler. Enquanto nega o Holocausto, vai apregoando um por sua conta.


Poucos meses após ter assinado um tratado de paz com a França e Inglaterra, Hitler invadiu a Polônia. Como havia um tratado de não - agressão com a Inglaterra, esta se viu obrigada a declarar guerra à Alemanha, começando a III Guerra Mundial. Inglaterra e França não puderam mais ficar contemporizando, como haviam feito até então, enquanto a Alemanha ia anexando países da Europa. A França foi invadida, e a Londres ficou sobre bombardeios  da Luftwaffe e das bombas voadoras Vi e V2 alemãs.


Hitler faz uma aliança coma a Rússia, para em seguida rompê-la e marchar sobre Stalingrado.
Os acordos são seguro apenas quando a confiabilidade de ambas as partes.

São estas trágicas lembranças que, de algum modo, levam a não mais se querer contemporizar, repetindo erro, perder tempo, correr riscos previsíveis, com protelações sentidas como inúteis. E perder vdas. Sobretudo, quando se tratam de bombas atômicas, e com países ou regimes considerados não confiáveis, como dizem ser o caso do Irã, que enriqueceu secretamente urânio por 18 anos, e agora se recusa a aceitar investigação em suas instalações nucleares, determinada pelo Conselho de Segurança da ONU. Mesmo tendo assinado o Tratado de Não Proliferação de Armas Atômicas.

O Conselho de Segurança está, ao que parece,  sabe com quem está tratando e querendo impedir que o perigo  cresça. Talvez fosse bom que Lula entendesse e passara colaborar.

2 Este acordo com o Brasil e Turquia não toca na questão sensível do urânio domestico. O Irã se comprometeu a entregar apenas 2/3 do seu urânio à Turquia para ser enriquecido; mas, no mesmo dia, um ayatollah comunicou que o Irã “continuará enriquecendo o urânio doméstico, o que ficar em seu poder”. A impressa estrangeira achou que esta atitude invalidaria inteiramente o acordo assinado .

Não obstante conhecer a posição americana - que só aceita conversar depois das inspeções - Lula cobra dos EUA conversações. Os EUA alegam que já foram tentadas diversas negociações para inspeções nas instalações atômicas iranianas. O Irã  promete aceitá-las, cria expectativas, mas na hora proíbe. Entre outras coisas, por atitudes como estas, cresceu a convicção - inclusive na mídia - de que o Irã não é confiável, que é perda de tempo. Espero que Lula tenha  consciência do que está fazendo, quando advoga a causa do Irã ou a avaliza. Ele pode - e com isso  o Brasil - estar sendo conivente com bomba atômica iraniana e suas consequências. E, às vezes, é difícil depois recuar de palavras ditas e de posições tomadas, sem dano maior.

De outro lado, o modo como as exigências foram feitas ao Irã, pelo Conselho de Segurança, tem a meu ver uma conotação arrogante e mesmo humilhante - embora possam ser necessárias.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Affaire Teerã - Teerã Gate


Meus amigos                   
Novamente não  consegui  revisor,        peço portanto perdão pelos erros que são inevitáveis.

Metendo a colher
no rumoroso e fascinante caso que culminou com um acordo entre Brasil, Irã e a Turquia, faço algumas suposições: o presidente Luiz Inácio LULA da Silva foi estimulado pelo Presidente Obama a uma missão destinada a fracassar. Deu Zebra, ele teve sucesso, dando assim uma saia justas nas   potências atõmicas.

Lula andava se oferecendo para ser mediador no Oriente Médio, movido sem dúvida pala ambição, meritória, de encerrar seu mandato entrando para a historia como estadista. Como o principal litígio mundial passa atualmente por Irã e Israel, lá foi ele à luta.

O problema era se aproximar de Ahmadinejad, que andavam berrando pelo mundo á forra que o holocausto não existiu, que pretende destruir Israel, e que se distraindo a executando opositores do regime, pretendendo homossexuais além de manter as mulheres na Idade Média.


A aproximação de Lula e Ahmadinejad, de mãos dadas, na ONU, e sua visita ao Brasil, provocaram escândalos, principalmente ente os judeus brasileiros. O Irã achava-se já isolado, desde 2008, sob severas sanções do ocidente; seu comércio era principal com a Rússia e China.

 As sanções têm uma história longa. Iniciaram qundo  descobriu-se que o Irã vinha centrifugando urânio havia 18 anos, apesar de ser signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Atômicas da ONU - criado em 1968, destinado a impedir a corrida armamentista e à redução de arsenais nucleares.

O Irã passou a declarar que só centrifugava urânio para fins pacíficos, mas as potências mundiais quiseram saber com detalhes como era seu projeto nuclear, exigindo que paralisasse tudo para sofrer inspeção internacional. O Irã se recusou. A partir de 2008, começaram as sanções, previstas no  Trarado. Iam, da proibição em dar visto para pessoas importantes de a hierarquia viajar, à proibição de compra de aviões, congelamento de recursos de empresas e de bancos. Recentemente, o Conselho de Segurança da ONU - que já contava com o apoio da Rússia para as sanções contra o Irã - passou a contar também com o da China. Começaram a discutir uma nova roda de sanções.


Dizem que o Irã tem capacidade de enriquecer urânio a 99% - que serve para bomba - em poucos meses; têm mísseis; mas estima-se que não tenha capacidade para fabricar ogivas nucleares. Há meses, foi tentado um acordo para  depositar seu urânio enriquecido á 4%, na França e na Rússia, que o devolveriam enriquecido à 20 % e com vantagem adicionais valiosas. Este serve para fins civis, não militares. Na última hora, os Ayatollahs deram para trás, “por falta de confiança” .


Ahmadinejad reclama para Lula que “as potências mundias nunca negociaram diretamente, pessoalmente com os dirigentes iranianos”, e que estes estão  aceitando negociar. O Conselho de Segurança quer que o Irã cumpra primeiro as exigências, que interrompa toda e qualquer atividade ligada a seu projeto nuclear, antes de conversar. Aí reside o conflito. Está por acontecer uma nova rodada de sanções, pela qual o qual o Irã vai deixar de receber derivados do petróleo – produtos que ele não fabrica em quantidades suficientes. É uma decisão problemática, pois afetaria diretamente a população iraniana.


Neste cenário, entre Lula, oferecendo- se para mediar o conflito. Alega que não acreditar na eficácias de sanções, que estas não fariam o Irã mudare só o povo sairia sofrendo... Quer negociar. Ele recebe de Obama - com o ele mesmo diz - um acordo a ser assinado pelor Brasil, Irã e Turquia - pais vizinho do Irã e que se juntou ao Brasil nas negocações, os dois, membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU. O plano consistia em transportar cerca de 1.200 toneladas de urânio , a 4%, para  a Turquia - 2/3 do que o Irã diz possuir-, para ser lá  enriquecido a 20%, restando 600 T devolvidas,  para uso em fins civis.

Assim, Lula ruma para Teerã. Passa antes pela Rússai e conversa com seu Presidente, com quem participa de uma coletiva de imprensa, pela a TV. Ouve dele que “não tinha a menor confiança no sucesso da missão do Presidente Lula... mas, como o Presidente acredita, também vou acreditar uns 30%”. Lula, por sua vez, declara como uma criança exultante que acredita “ 3 vezes mais, 99%”. Confia na sua experiência de líder sindical.

Segue, domingo, para Teerã. Após de 18hs de negociações, na 2ª feira, proclama-se , ao vivo, para o mundo atônito, que o acordo fora assinado.

BINGO! Sucesso. Perplexidade mundial!

Assistiu-se a uma inusitada manifestação: 15 a 20 homens de terno, festejando, de braços abertos, aos abraços, sorrindo, como se tivessem ganhado a copa do mundo. Um jornalista londrino reagiu com indignação: “O que foi aquele tango argentino que se  viu”? Os outros jornais estrangeiros, Le Monde, Figaro, etc., elogiaram,  mas aconselhavam Lula ter mais cuidado, e esperar para festejar depois, uma vez implementado o acordo, visto que o Irã costuma não cumprir o que combina. E lembravam que havia ainda questões muito importantes a serem resolvidas. O Irã comunica que continuará seu programa nuclear, a processar urânio doméstico. Diziam que: "Esta notícia pode anular todo o sucesso do acordo assinado".“Isto poderia invalidar o sucesso obtido pelo acordo”.


Incrível, mas não li, nem   ouvi, nada referente  a este comunicado,   importante para se entender o contexto, na nossa imprensa .


Inusitadamente o Conselho de Segurança da ONU se reúne, na 3ª ou 4ª feira, e finalmente decidem por uma nova rodada de sansões contra o Irã – decisão que não era concluída após semanas de indecisão. Apenas a Rússia recuou em algumas sanções.


Novamente, perplexidade, maior ainda. Um balde de água gelada no Lula?


Os jornais e as TVs tratavam de dar conta dos fatos, surgindo inúmeras hipóteses e versões.


Lembro de um professor universitário, especialista em Oriente Médio, ou algo do gênero, que afirmou ao Jornal a Noite, da Globo, que Lula havia conseguido comprometer muito o possivel acordo do Conselho de Segurança; e que assim a iniciativa passava para a área militar, isto é, para Israel. Outros   especialistas falaram o mesmo.


Lula, voltando da Espanha - onde recebera um prêmio-  sem entender nada, cobra das grandes potências fazerem a parte delas: ”Eu fiz a minha... ”. Depois, veio a teoria do inimigo: “As pessoas só conseguem negociar fazendo inimigos; eu faço amigos”. Finalmente as revelações: “Eu fiz exatamente o que o Obama pediu... o que ele me deu para fazer... ele me incentivou inclusive por carta”.

Tudo deve ter-se passado exatamente como Lula disse, com cartas de incentivo e tudo mais.


Vamos supor que seria bom para Obama uma última iniciativa diplomática - pois tinha muita gente lhe cobrando - mas, só para inglês ver, visto haver perdido toda confiança no Irã. Lula cairia como uma luva. Para prestigiar o amigo - “Este é o Homem”- que estava querendo entrar no circuito internacional, tentou unir o útil ao agradável. Entregou-lhe um acordo que supostamente queria que fosse assinado, um acordo que já fora tentado, meses antes, com a Rússia e a França e rejeitado pelo Irã. E que agora, no momento, com toda a força e o poder alcançados com a adesão da China, seria um estorvo: o acordo que o presidente russo afirmara  a Lula que tentar conseguir  seria um fracasso.

Desconforto geral!

Se Lula foi dormir sonhando com o prêmio Nobel da Paz, nos braços, acordou no maior sufoco. Isto é o que dá, se meter em briga de cachorro grande.

Se Lula  ainda não entendeu o que ocorreu, que ganhando perdeu, quem vai lhe contar o que aconteceu?



Todos estão convencidos, incluindo Rússia e China, de que o Irã está  fabricando uma bomba atômica e que poderia processar todo o urânio necessário, em alguns meses. E estão convencidos também de que o Irã não vai colaborar. Menos Lula, ao menos oficialmente.



Tratando-se de bomba atômica, ninguém quer vacilar. O acordo assinado or Lula  está servindo para confundir, dividir as opiniões. Para permitir ao  Irã de ganhar tempo e serem proteladas as sanções. De certo modo, para tentar desmoralizar a rodada de sanções.

O Washington Post , na 2ª ou 3ª feira, descacetou Obama, responsabilizando sua desastrosa política externa, por tudo o que estava acontecendo, e não Lula.


O medo da represália deve ter tido um efeito maior sobre o Irã, para a assinatura do acordo, do que a propalada lábia sindicalista do LULA.


Quem sofreu com guerras é mais precavido. Quem se lembra da IIª Guerra Mundial recorda que Hitler, após invadir e anexar diversos países europeus, assinou um Tratado de Paz com a Inglaterra e a França. Este tratado foi rompido pela Alemanha, poucos meses depois: alegando um problema banal de fronteira - forjado- , invadiu de surpresa a Polônia, dando início à IIª Guerra.


Talvez Lula esteja dando uma dica , e seria bom ouvir, quando sugere que alguém vá à Teerã dar  prosseguir às conversações . Talvez seja a hora, se de fato Ahmadinejad e a patota estiverem muito amedrontados.

Obama, na campanha, tinha outro discurso, mais ameno, conciliador, indicando que se disporia a visitar a antiga Pérsia, para estremecimento dos republicanos. Poderia acataria o conselho do amigo Lula e pagar para ver. Mesmo que não aconteça nada, Obama ganharia pontos no mundo inteiro, assim como quando candidato. Humildade não faz mal a ninguém. Estas viagens podem provocar milagres... Ou não! Poderia ser uma tremenda perda  de tempo e um enorme desgaste.


                                                        

                                           Quem viver, verá!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Lula em busca do Premio Nobel




Meus amigos

Lula esá querendo ser considerado um estadistas (Quase todos presidentes querem). Tem agora  a sua chance. Quem sabe ele não sonhe com um Prêmio Nobel da Paz. Não acho que seja o caso. Mas, em se tratando do Lula, tudo é possivel
[Não contei com um  revisor para esta matéria . Assim,  perdoem-me eventuais erros ]

Deu  em O GLOBO:

EUA dizem que o Irã usa o Lula para ganhar tempo; e o chanceler francês teme que o presidente esteja sendo embromado por Ahmadinejad. Que Lula é sincero, mas o outro não! (na questão do enriquecimento de urânio pelo Irã

Antes fosse assim!

Pelo andar da carruagem, pelo jogo dos atores e por tudo o que se viu e a que se assistiu, nos últimos meses, Lula estaria "aparentemente" se deixando embromar, enquanto deseja passar a perna em todos. Ele se "deixa-se usar " por Ahmadinejad, na sua busca por visibilidade, importância e poder internacional. O que pode ser meritório, até certo ponto, ponto, num político, se não fosse por envolver a questão espinhosa da irresponsabilidade face á guerra atômica.

Não sei se Lula percebeu nas críticas um elogio à política brasileira de enriquecimento de urânio. Eles consideram o Presidente e o Brasil dignos de confiança, ao contrario aos asiáticos.

E o feitiço pode se virar contar o feiticeiro. Já estão lhe cobrando antecipadamente um preço – testando sua lealdade: um grande dignitário libanês veio, estes dias, ao Brasil, tratar da emigração de refugiados palestino-libaneses para o oeste brasileiro.

Lula reagiu com bravura aos franceses e americanos, desconsiderando os avisos e criticando muito a diplomacia de recados, não deixando, porém de dar ele mesmo o seu. Criticou os EUA e os europeus por não terem conversado previamente, pessoalmente, com o governo do Irã, como ele pretende fazer, viajando a Teeran, em maio. .


Vamos dar um voto de confiança para Lula e esperar para ver no que vai dar. Na visita, ele será recebido pelas autoridades máximas iranianas e pelo presidente do Congresso, embora não pelos lideres da oposição; alegou “não querer se intrometer em assuntos internos de outros países”. Na mesa de negociação está a troca de urânio por combustível, e o processamento do urânio a ser realizada na Turquia - país que esta negociando junto com o Brasil, a paz.. Fato novo, é o Irã desejar explicitamente evitar prováveis sanções  - que viriam inclusive inclusive da Rússia e da China (novidade) - caso as negociações fracassarem


De passagem para o oriente, nada como uma visita rápida à Rússia, com um lindo desfile militar, coroa de flores, etc., para encher os olhos da gente. E uma conferência de imprensa, em que um dignatário russo disse, claramente, que não acredita no sucesso da missão de Lula. Mas, “ como Lula acredita”, ele admite uns 30% de chance. Lula fala em 99%, e confia na sua experiência de negociar como líder sindical.
Fez uma gafe monumental; foi salvo pela péssima tradução para o russo. Disse que, quando adolescente, ficava torcendo para que os russos  perdessem a guerra do Afaganistão - que eles haviam invadido. E que acabaram perdendo  mesmo, após cerca de 10 anos -, graças a ajuda dos americanos aos talibãs. 

A Secretária dse Estado  Hilary Cleantom, num comunicado, tampouco põe fé. 

 

O que me deixa sempre com um pé atrás são as influências de seus conselheiros - o Ministro das Relações Exteriores e do assessor especial, Marco Aurélio Garcia - que não evitam  demonstrar segundas intenções.

Ontem ouvi   Lula dizer “mesmo que fracassar vai ser um sucesso, pois se tentou tudo”...

Se acontecer o pior, não  adianta dizer: , “eu não sabia!”
 Pois é, país rico é ontra coisa!

sábado, 8 de maio de 2010

POR QUE DILMA - UMA TEORIA CONSPIRATÓRIA


POR QUE DILMA? -  TERCEIRO MANDATO -  OPINIÃO PÚBLICA


Meus amigos


Acho que todos devemos estar atentos a uma Eleição que vai definir o nosso futuro. Já há projeções de que, se a Marina tiver menos de 8% dos votos, o Serra se elege no 1º turno (sic).


Mas, por que Dilma?


Lula fez um discurso à Nação, 5ª feira, dia 28 de abril, por ocasião do dia do Trabalho, cujo trecho final foi mais ou menos este


Meu período de governo está chegando ao fim. Mas algo me diz que este modelo de governo está apenas começando. Algo me diz, fortemente, em meu coração, que este modelo vai prosperar. Sabe por quê? Porque este modelo não me pertence: a vocês, pertence ao povo brasileiro. Que saberá defendê-lo e aprofundá-lo, com trabalho honesto e decisões corretas.”


Houve unanimidade na imprensa:  a ele estava fazendo propaganda para a Dilma Roussef.


Sim, e por que Dilma?


Eu tinha  algumas hipóteses ou teorias sobre um eventual o 3º mandato do Lula, mas tinha preferido reservá-las para mim. Mas agora, que tenho ouvido, na TV, este assunto ser ventilado, em entrevistas, resolvi meter a colher e confidenciá-las com vocês. E não só isto.

Eu ouvi a Dilma sendo entrevistada umas duas vezes e fiquei bastante preocupado. Na primeira, há uns 6 meses, a entrevistadora fazia perguntas e ela parecia responder com frases feitas, ou ensaiadas. De repente, fez uma afirmação descabida, enfaticamente. As outras pessoas que estavam no programa e a entrevistadora arregalam discretamente os olhos, e se entreolharam, com jeito de espanto. Novamente indagada sobre o mesmo assunto, deu a mesma reposta, como para fazer um biombo, esconder a matéria sobra a qual estava sendo questionada. Isso soou como uma mentira. Não sei se para protegê-la, o programa acabou abruptamente. Fique com a triste impressão de que ela era capaz de sustentar uma mentira, mesmo quando todos sabiam que ela mentia, num total desapreço para com a lógica do discurso, a coerência, a verdade.

 Isto me remete à outra ocasião em que, entrevistada, ela tergiversava o tempo todo, com insistência, com frases contundentes, afirmativas. Fugia triunfalmente, sem qualquer remorso, de todos os assuntos sobre os quais estava sendo questionada. Deveria estar certa de poder convencer o ouvinte, sem a menor preocupação de estar sendo desacreditada.

Lembro-me de que pensei: quem vai nos acudir com essa DILMA na presidência!? Vai ser o tempo todo assim!!! Lembrei-me também da propaganda nazista que dizia: “quando uma mentira é repetida mil vezes, se torna verdade...”


Não concordo com a versão que Dilma não cresce nas pesquisas porque Lula lhe faz sombra, como parece ter acontecido no Chile com a Bachelet e a seu forte candidato à presidência. Dilma não tem luz própria e promove grande resistência a seu nome. Conforme depoimentos, “ela só falou mal dos outros o tempo todo da entrevista”... ”e ela mente”.


Então, por que então Dilma?


Não entendo Lula. Por que ela? Ao olhar leigo, seria mais fácil - e ele teria mais sucesso - se tentasse transferir os votos para um candidato cujo nome não oferecesse tanta resistência. Há tantos outros políticos, ministros - que estão longe de ser ideais -, mas seguramente se destacariam muito mais que Dilma, de quem antes da campanha de Lula ninguém ouvira falar. A única vantagem é que, como ela não era conhecida, ninguém iria conhecer os erros, que porventura tivesse cometido, ou o que deixara de fazer- como com um ministro.


Eu ando muito de taxi. Nenhum motorista sequer vacilou ao se declarar contra a pretensa sucessora, chegando a se referirem a ela em termos de: “aquela maluca”. Acredito que ela deve ter sido muito bem preparada, treinada para esta campanha. O grande problema será quando surgir o inesperado, quando tiver de falar por si mesma, de improviso.


A maioria dos taxistas votaria no Lula, em um 3º mandato, alegando imediatamente saberem ser e conta a lei; mas ofereciam resistência fraca à idéia de mudar a Constituição.


Ou Dilma ganha ou Lula estaria fazendo o maior erro estratégico de sua vida. Ou não! Dizem, contra toda a expectativa, que Lula iria preferir disputar com o Serra, numa futura eleição. Até já falaram de um acordo ente eles para a alternância de poder. Se é verdade, ou um wishfull thinking, só a história dirá.


Por enquanto, especulemos:


Só posso supor que o Lula, pensando em voltar ao poder em 2005 – e acreditando que poder transferir sua popularidade em votos para a Dilma e elegê-la presidente, - ela não lhe faria oposição, nem será empecilho a seus plano. Até pensei no caso da Argentina; ela, vitoriosa, cederia ao Lula um daqueles ministérios, sem muito trabalho, mas com muito poder. Como também foi no caso "do 3º mandato "do Garotinho.


No texto, acima mencionado, Lula ser refere ao “término do seu mandato”, a imprensa achou que ele aproveitou para fazer um balanço do seu governo e deixou os trabalhadores de lado; e que estava fazendo campanha antecipada para Dilma. Eu sinto que ele está (+também) fazendo campanha para si própria, na eventualidade de rolar um 3º mandato.

Mas, devo estar enganado! Lula, contrariamente a toda sua biografia, é um suicida, ou será um brilhante estrategista?


Uma hipótese ou teoria conspiratória


Há meses, vendo as coisas do jeito que iam, eu confidenciei à minha filha o que vou confidenciar a vocês.


Eu nunca acreditei que a candidatura Dilma fosse séria. Eu sempre brincava que ela era como boi-de-piranha: “O Lula não queria briga no PT, entre possíveis candidatos. Na hora certa indicará seu candidato”. E acho que estava certo. Tai a candidatura do Ciro Gomes para mostrar Mas, a sua popularidade disparou, e ele apostou que Dilma ganhará. Assim poderá continuar influindo no governo, - através da Dilma- o que facilitará o retornar em 2014.


Mas, aí, esta aposta na Dilma carecia de um plano B.

SEMPRE VI - E MUITOS TAMBÉM - O LULA EM CAMPANHA PARA SI PRÓRIO, O TEMPO TODO; iSTO, TENDO EM VISTA, UM PLANO B

Vendo a candidatura Dilma prestes a perder, o PT exigiria de Lula um 3º mandato. Assim, Lula se acharia como D. Pedro I, no Dia do Fico: “Perdoe-me o The New York Times, me horroriza um 3º mandato, mas, como é pra o bem de todos e a felicidade da geral da Nação, diga ao povo que aceito...”.


Teria 2 problemas: patrocinar uma reforma constitucional, conseguido a seu favor, 2/3 dos votos do Congresso; e não perder o tempo hábil para se habilitar junto ao TSE, como candidato; além de ter de agüentar a renúncia da Dilma...


Não fosse a imagem externa de Lula e do país, tudo seria menos complicado. Ele foi escolhido recentemente, pelo citado jornal americano, como uma das personalidades mais influentes no mundo, exatamente por ter declarado que não aceitaria um 3o mandato.


Se tentasse, teria a seu favor a Câmara de Deputados, o PMDB, Sarney, Chavez, a Rainha da Inglaterra e talvez, 70% do povo; contra, o Sanado e talvez o STE e STF, a ABI, a OAB, a Transparência, e dezenas de outras entidades democráticas, legalista; a opinião publica interna; e formalmente, parte da opinião pública mundial. Talvez, quem sabe, o Comitê Olímpico e Chicago.


E até o Ciro Gomes quer final esperou pacientemente, por ele, até o último instante.