terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Nós sabemos o que a mdia mostra: GLOBO X BAND

O Carnaval já se foi. O ano está por começar.  Ele me fez lembrar  um velho, mas sempre novo, ensinamento.

Não tenho o costume de assistir a desfile de Escolas de Samba, pois pouco me chamam a atenção, quando sábado à noite, me senti atraído pelo desfile do Salgueiro. Era o desfile das Escolas Campeãs. Fique magnetizado, não só pela riqueza, mas, sobretudo pelo jogo de colores das fantasias, a originalidade inusitada e fascinante. E a beleza irradiante das passistas sambando, o modo também inusitado como estavam vestidas - ou despidas. Fiquei preso ao espetáculo, com closes interessantes em destaques ou pessoas importantes. O narrador, que tinha vindo diretamente de São Paulo, era sofrível, mas muito bem assessorado por dois entendidos e apaixonados pelo carnaval: dava para entender bem o que ocorria, embora com certa auto-censura dos especialistas.
Aí caí em mim: estava na, BAND,  assistindo ao carnaval da BAND. Outra coisa! Não o espetáculo careta, saia-justa, chatíssimo da Globo.
Vejam, cheguei a pensar que haviam abolido o nu, no carnaval! A Globo foi quem aboliu o nu, tendo em vista possíveis emissões para o estrangeiro.
Eu estava vendo era outro espetáculo.


Depois, veio Vila Isabel - com Martinho da Vila ao vivo -, cantando os 100 anos de Noel Rosa. Nada digno de nota, exceto por Martino ter composto, após anos de ostracismo voluntário, um Samba Enredo, que não pegou!



De repente, o inimaginável: Beija Flor, homenageando Brasília. Chocante, do início até fim, pela beleza, ousadia e grandiosidade, sobretudo pela criatividade dos imensos carros-alegóricos, intensamente integrado ao espetáculo, interagindo; e também chocante por homenagear Brasília expurgado de seus principais ícones. O Palácio da Alvorada, Praça dos Três , com a Câmara, Senado e Judiciário estavam ausentes. Cheia de candangos, com índios a animais selvagens, lembrava mais Brasília que ainda estava por ser construída; exceção feita à Catedral; bela, singela, envolvida pela uma coreografia deslumbrante de uma artista, vestindo malha azul e preto com efeitos surpreendentes, e tendo como chapéu, como um grandioso pássaro negro, ameaçador, como boca vermelha. Por si só, mereceria uma prêmio.
Por que então ficou em 3º lugar? Especula-se que foi pelo buraco, pelas  ausências  ilustres . Pelo medo de sofrer vaias, a Escola foi castigada. Nem um monumental Juscelino, nada parecido com o próprio, a salvou. Dizem que desfilou amedrontada.

Seguiu-se a Unidos do Grande Rio, homenageando a Marques de Sapucaí, trouxe momentos e lembranças comoventes de outros carnavais. Como alguns, inesquecíveis, de Joãozinho Trinta, com mendigs, ratos, urubus e lixo. Ele estava presente, sentado num carro num preto, ladeado por 3 garotos de sunga de cada lado.
Brizola e Niemayer, idealizadores e construtores da passarela, vieram esculpidos em prata, num carro discreto.
A esta altura, devo ter pegado no sono e perdi a campeã – após 60 de jejum-, a Unidos a Tijuca, do morro do Borel. Assim, não pude conferir.
Casualmente, no dia do Desfile Oficial, vi o Batmam e o Homem Aranha, must da Unidos.

CONCLUSÃO: sabemos do muito do mundo, muitíssimo,  mais que nunca. Mas, prestem  atenção, sabemos o que a MÍDIA nos mostra. Sabemos infinitamente mais, mas pelo olhar que querem nos mostrar. Havia um acordo internacional, ente órgão da imprensa, para não noticiar suicídios- que podem casar epidemias. Assim, há tabus encontrados em qualquer manual de redação de grandes jornais, sobre temas polêmicos como religião, raciais, homossexualidade, etc.
Obrigado, BAND.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

CARNAVAL = CARNAVALE = VALE A CARNE = VALE TUDO

Cada vez mais, a nova geração parece estar muito interessando pelo Carnaval, visto a participação maciça em blocos e o numero crescente dos mesmos nos últimos anos. Eu gosto de ver quando um fenômeno social contraria a tendência previstas e é ultrapassado em muito pela tendência oposta, inesperadamente. Seria ótimo se esta juventude contrariasse também as tendências políticas corriqueiras e correntes e desse uma guinada em direção ao mais proveitoso e ao ético.

Vejam só o recente escândalo em Brasília! O descaramento do Governador Arruda dizendo que a todo aquele dinheiro foi gasto na compra de panetones. Tripudiou sobre todos nós.

Em outros tempos, seria possível atribuir isto a vícios da direita, dos Democratas. Agora é impossível, depois do escândalo gigantesco do mensalão, envolvendo-a maciçamente a esquerda, o PT, o governo Lula, ele próprio, seu filho, e enviando para o limbo da política nomes poderoso do chamado grupo duro do governo, sobrando apenas 5 a 6 figuras importantes.

E agora, a descobertas pela Polícia Federal de relatórios que listam mais de 4.000 cargos de confiança de Distrito Federal indicados por membros do Governo, de Deputados Federais, de aliados, de amigos; sendo que apenas novecentos e poucos “deveriam continuar” ou seja, são necessários para a máquina funcionar. Pressupõe-se que os demais façam parte de um fabuloso cabide de empregos.

Se pensarmos que isto ocorre em outros Estados e no Governo Federal - que vem contratando aceleradamente pessoas, contra todos os avisos de risco de aumento da despesa e de inflação - entendemos os minguados recursos para investimentos: tudo pago, sobram 15%, enquanto em outros países, como o Canadá, sobram de 25 a 30 %. No lugar de movimentar a economia do País, criando empregos, criam-se fantásticos cabides de emprego para favorecer amigos que ganhem para não fazer nada, mas são importantíssimos na hora das eleições. Ameaçados de perder os cargos, caso a oposição vença, serão cativos eleitores do Presidente.O que interessa é o poder e não a saúde da Nação.

O Carnaval dura uns poucos dias, mas o Vale Tudo da corrupção na política dura o ano inteiro.

É triste ler que o Marco Aurélio Garcia, braço direito do Lula, escreveu um discurso para ser lido no próximo Congresso Nacional do PT e que está sendo considerado por muitos como muito radical, capaz de afugentar os capitais, assustar a classe média, etc. Entre as metas Marco Aurélio quer o fortalecimento dos Bancos Estatais, uma Reforma Agrária baseada na agricultura familiar, controle da imprensa e do Corpo Diplomático pelo Itamaraty, algo mais ou menos assim.


Outro dia vi, na TV da Câmara, que nas próximas certidões de nascimento constarão um número imenso. Eu vi quando a repórter da TV mostrou a certidão e o número. Não é brincadeira. Parece que entrará no nome dos pais. Não sei porque associei imediatamente aos números marcados nos pulsos dos judeus, homossexuais, ciganos e outros, na Alemanha nazista. Seremos todos marcados também?

Acrescentando a isto a simpatia escancarada do Marco Aurélio pelo Chavez da Venezuela, e pelo iraniano - cujo nome sempre esqueço-, que recentemente visitou o Brasil recentemente, e outros mais, me parece que ele está ardendo de vontade de fazer um Brasil socialista. Só pode ser, no esperado Governo Dilma. Ao menos uma ditadura com o virtuoso nome de socialista. A expressão
"socialista" serve para tudo, para dizer que se interessam pelo povo, para seduzir os sonhadores, até para justificar ditaduras. Nazismo tem a ver com Nacional Socialismo. O nome União Soviética, URSS, era União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

No PT havia o sonho de de 20 anos no poder e não deve ter perdoado a imprensa por ter entornado seu caldo logo no 1º ano do Governo Lula, com o escândalo envolvendo o José Dirceu.

O sonho do Marco Aurélio parece ser de um regime onde não haja denúncias de corrupção - denúncia alguma - , como as que jogaram também no limbo o todo poderoso e famoso núcleo duro do inicio do Governo do Lula. Sobrou apenas Marco Aurélio e mais 4 ou 5. O importante é o poder, o Reich dos não sei quantos anos.